Estrela da Mogiana

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Alimentos perigosos para os pets

por Cinthia Murias em 13/06/2019 É preciso ficar atento aos alimentos prejudicais para os animaisQuem nunca se deparou com aquele olharzinho pidonho enquanto cozinha ou come algo? Na Páscoa falei sobre os perigos do chocolate para os pets (para ler sobre isso clique aqui: https://www.estreladamogiana.com.br/site/publicacoes/1245/chocolate-para-o-filho-de-quatro-patas-pode-/). Hoje quero falar sobre alguns outros alimentos perigosos ou proibidos.
 
Para quem costuma fazer pães ou bolos em casa, o perigo é dar aquele agradinho de massa crua para os pets. O fermento ali presente produz gazes e álcool no trato digestório do animal, causando muita dor pela distensão das alças intestinais, podendo em casos extremos até romper. Após cozida não há esse problema, porém pães e bolos devem ser oferecidos com moderação.
 
Ainda resistindo aos pedidos dos pets na cozinha, muito cuidado quando estiver manipulando cebola, alho e batata. A cebola e os similares, como cebolinha e alho poró têm uma substância chamada n-propildisulfito que pode provocar anemia em cães, em gatos é ainda muito mais perigoso. Sabendo disso, atente também para alimentos preparados com cebola, inclusive os industrializados.
 
O alho é seguro e até benéfico em pequenas quantidades (combate e previne o câncer e vermes intestinais, regula as taxas de açúcar, triglicérides e colesterol no sangue, aumenta a resistência natural a pulgas e carrapatos, reduz o risco de derrames, desintoxica o fígado e alivia quadros inflamatórios). Ele pode ser oferecido em forma de uma lâmina fininha, a cada 2 ou 3 dias. Mas cuidado, em grande quantidade é tóxico e deve ser evitado em caso de anemia.
 
Já a batata comum, assim como as solanáceas (tomate, berinjela, jiló e pimentão) contêm um glicoalcalóide chamado solanina, que deprime o sistema nervoso central e provoca transtornos gastrointestinais.
 
Nas batatas, a casca concentra cerca de 90% dessa substância, que é destruída no cozimento com água fervente.
 
Berinjela, pimentão, tomate e jiló contêm menos solanina porém é contraindicado em pets com problemas ortopédicos (artrose, artrite, displasia coxofemoral, dores na coluna, etc).
 
Falando de frutas, quero começar pela uva! Tanto in natura, quanto a uva passa foram associadas a casos de falência renal aguda severa e letal.
 
Qualquer tipo de uva, ainda que orgânica pode lesionar os rins, ainda que o animal tenha comido uvas regularmente sem apresentar sintomas, pode vir a sofrer uma crise. Em gatos não há estudos, porém é melhor evitar também.
 
A carambola também deve ser evitada, pois apresenta uma grande quantidade de ácido oxálico insolúvel, que podem levar a cálculos, conhecidos como “pedra” nos rins. Além disso, na intoxicação por carambola pode-se notar salivação, falta de apetite, vômitos, diarreia, prostração, fraqueza, tremores, presença de sangue ou cristais na urina e alterações da sede.
 
Lembro-me, tempos atrás, de cachorros de sítio se deliciando com abacates caídos do pé e observava que sabiamente eles deixavam as cascas.
 
É justamente na casca, assim como nas folhas que está a persina, tóxica para aves, cavalos, porquinhos da índia, caprinos e coelhos. Cães e gatos são menos susceptíveis porém é preciso ter cuidado.
 
Os sintomas da intoxicação por persina são vômito, diarreia e alterações cardíacas. A polpa do abacate é segura com moderação. Cuidado com o caroço, pode acontecer de cães maiores ingerirem e necessitarem de cirurgia (não é tão incomum quanto parece).
 
Dentre as castanhas, a macadâmia é potencialmente perigosa para cães e gatos, que podem apresentar fraqueza, depressão, vômitos, temores, febre e queda dos membros traseiros.
 
Além desses, outros alimentos devem ser evitados: semente de linhaça, pimentas, xilitol (adoçante), sementes de maçã e pera, açúcar, frituras, chá preto, café, bebidas alcóolicas, ossos cozidos e ossos industrializados de couro branco.
 
Fora os alimentos citados acima, existem intolerâncias específicas individuais.
 
Como nos humanos, algo que o outro come regularmente pode fazer mal para mim. É importante que ao oferecer algum petisco diferente, observe o comportamento e os sinais do pet. Em caso de alguma alteração, suspenda. Em caso de dúvida ou sinais de intoxicação ou alergias, procure o Médico Veterinário rapidamente para o tratamento correto.
 
Petiscos são deliciosos e saudáveis, com moderação... sempre!


 
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