Memórias de Jaguariúna

Manoel Rodrigues Seixas era um apaixonado pela ferrovia e pelos apitos das velhas locomotivas

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 28/10/2021 Evento cívico realizado na Estação de Guedes, quando Manoel Seixas era o chefe (Acervo pessoal)“As locomotivas através dos apitos e dos sinos levavam alegria para todos nós e a ferrovia era o elo de amor e a principal ligação de transporte entre a cidade grande e o campo”, comentou o ferroviário Manoel Rodrigues Seixas durante uma de suas entrevistas ao projeto Memórias de Jaguariúna.
 
Ele ainda completou que naquela época ‘a estação era o único ponto de encontro e de diversão do povo’.
 
Ele é autor de três livros: O Herói Ferroviário (Printed in Brazil – 1995), Crônicas de um Ferroviário (Edicon – 1991 e 2ª edição - 2007) e O Mundo Fantástico da Geração Maria-Fumaça (Editora Setembro - 2019).
 
Um apaixonado pela ferrovia desde criança acabou seguindo a carreira de ferroviário do pai Joaquim. Em 1º de janeiro de 1944 é nomeado praticante de telégrafo na estação de Vila Albertina.
 
Em 1973, ele respondia pela chefia da estação de Guedes e também seguia na política sendo eleito vereador. Na sequência se tornou vice-prefeito na chapa de Francisco Xavier Santiago, prefeito eleito (1977/83). No final do mandato acabou assumindo o cargo de prefeito interino.
 
O encerramento de sua carreira na ferrovia ocorreu em setembro de 1981, na estação de Jaguariúna.
 
Para manter viva as raízes da ferrovia na cidade, ele ainda foi responsável pela realização da Procissão dos Ferroviárias, e que por vários anos fez parte das comemorações de aniversário de Jaguariúna, no mês de setembro. 
 
Um dos trechos do texto publicado em livro e com o Antigamente era assim, mostra detalhes de como era o movimento da ferrovia no passado. 
 
Antigamente era assim
 
‘Se há um lugar que mereça um destaque especial, quando enaltecemos a fase áurea, por que passaram as ferrovias brasileiras, logo vem à tona, o nome Jaguay e consequentemente a sua memorável estação ferroviária.
 
A circulação de trens de carga pela estão de Jaguari era tão intensa que composições ficavam retidas, horas a fio, em seus desvios, em decorrência da ausência de linhas auxiliares, capazes de regular tão acentuado tráfego.
 
E desta forma, surgia um festival de locomotivas, que se constituíam numa permanente atração à nossa gurizada’.
 
Trechos do texto ‘Antigamente era Assim’, do livro O Herói Ferroviário, de Manoel Rodrigues Seixas 
 
 
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