Memórias de Jaguariúna

As primeiras indústrias e o cheiro de goiaba invadindo as residências do distrito de Jaguariúna

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 07/10/2021 Prédio que ainda existe na rua Amâncio Bueno abrigou a fábrica de massa de goiaba (Acervo Casa da Memória)De acordo com os registros do jornal A Comarca, no ano de 1941, se instalava no Distrito de Paz de Jaguary, a Fecularia Santo Antonio, de Adone Bonetti, no final da rua Coronel Amâncio Bueno, próxima ao escadão.
 
Mas existem registros que os fazendeiros já produziam farinha de milho desde 1919. Bonetti também inaugurou a fábrica de massa para doce de goiaba, na década de 50.
 
“Com 12 anos, eu trabalhava na fábrica do Adone Bonetti, que fazia massas para doces. Trabalhava sempre de 8 a 10 meninas e o serviço era descansar as bananas, goiabas e as laranjas, e depois elas eram moídas e as polpas eram vendidas para as fábricas. O nosso trabalho era manual. A fábrica ficava no final da rua Amâncio Bueno. Trabalhei nesse local de 3 a 4 anos, e o trabalho era das 7h às 16h. Quando estava fervendo as polpas, principalmente, a de goiaba, o cheiro era uma delícia e a parte da semente era usada para fazer geleia. O cheiro impregnava a cidade inteira que era pequena. Foi uma boa experiência de vida. Depois comecei a trabalhar com o meu pai na sorveteria, quando tinha 15 anos”, relembra a moradora Florinda da Conceição Martins Franceschini.  
 
Os sitiantes vinham com as carroças puxadas a cavalo para trazer as goiabas. “A vila tinha um perfume delicioso de doce de goiaba”, recordou o coordenador da Casa da Memória, Tomaz de Aquino Pires.
 
Nessa época também se instalou em Jaguariúna a Fábrica de Porcelana Santa Maria, de Carlos Turato, em frente à escola Celso Henrique Tozzi.
 
Compartilhe:
Comente: