As primeiras indústrias e o cheiro de goiaba invadindo as residências do distrito de Jaguariúna
por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 07/10/2021
Mas existem registros que os fazendeiros já produziam farinha de milho desde 1919. Bonetti também inaugurou a fábrica de massa para doce de goiaba, na década de 50.
“Com 12 anos, eu trabalhava na fábrica do Adone Bonetti, que fazia massas para doces. Trabalhava sempre de 8 a 10 meninas e o serviço era descansar as bananas, goiabas e as laranjas, e depois elas eram moídas e as polpas eram vendidas para as fábricas. O nosso trabalho era manual. A fábrica ficava no final da rua Amâncio Bueno. Trabalhei nesse local de 3 a 4 anos, e o trabalho era das 7h às 16h. Quando estava fervendo as polpas, principalmente, a de goiaba, o cheiro era uma delícia e a parte da semente era usada para fazer geleia. O cheiro impregnava a cidade inteira que era pequena. Foi uma boa experiência de vida. Depois comecei a trabalhar com o meu pai na sorveteria, quando tinha 15 anos”, relembra a moradora Florinda da Conceição Martins Franceschini.
Os sitiantes vinham com as carroças puxadas a cavalo para trazer as goiabas. “A vila tinha um perfume delicioso de doce de goiaba”, recordou o coordenador da Casa da Memória, Tomaz de Aquino Pires.
Nessa época também se instalou em Jaguariúna a Fábrica de Porcelana Santa Maria, de Carlos Turato, em frente à escola Celso Henrique Tozzi.
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