Memórias de Jaguariúna

Os acontecimentos nas páginas dos jornais de Jaguariúna em diferentes épocas

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 12/01/2021 Foto mostra a Rua Alfredo Bueno, quando trens de passageiros e cargas passaram pelo local, com destino à  Estação de Jaguariúna (Foto de José Luís Rodrigues Seixas)De Distrito de Paz de Jaguary a município de Jaguariúna, o jornal impresso fez parte da rotina dos moradores e foi o único veículo de comunicação, em diferentes épocas.

No início do século 20, o lugarejo contava com espaço reservado no jornal A Comarca, de Mogi Mirim, um dos mais antigos da região. O distrito passou a ter o seu próprio jornal em 1940, quando a igreja católica lançou A Voz de Jaguary.
 
No ano de 1975, surgia o jornal A Estrela e em 78 era fundado A Voz de Jaguariúna. Já na década de 80, a população começou acompanhar as notícias no jornal O Jaguar.
 
“Eu e o Lebrão fundamos o jornal O Jaguar, e naquela época a cidade era pequena e não oferecia recursos, então, a dificuldade era grande. Tinha pouca propaganda, não tinha subsídio de ninguém e a gente sobrevivia graças ao idealismo. Não tinha telefone e nem internet, a energia era ruim, era na raça e na boa vontade, mas deu para registrar uma parte da história.  Depois consegui um telefone, pois era raro ter telefone naquela época. Ainda guardo a minha máquina fotográfica, ela foi minha confidente e cúmplice ao registrar a história de Jaguariúna”, relata  José Luís Rodrigues Seixas. 

José Luís mostra a máquina fotográfica que registrou diversos momentos                                     
Naquela época, o jornal era feito na linotipo, uma máquina grande que fundia em bloco cada linha de caracteres tipográficos, sendo composta de um teclado, como máquina de escrever.
 
Trabalhar com fotografia era outro problema, pois primeiro revelava a foto e depois precisava fazer um clichê, que era uma placa de metal que trazia gravada em relevo a imagem destinada a ser reproduzida para impressão. Para chegar nas bancas, a preparação do jornal demandava muito tempo.
 
“Mas todo mundo esperava o jornal, não tinha outro meio de comunicação. O único veículo era o jornal. Era na raça, tirava dinheiro do bolso. Jaguariúna era uma cidade romântica, a gente conhecia todo mundo, era uma família, uma época diferente. Foi um momento que a gente participou ativamente, informando os acontecimentos e vivendo a história”, enfatiza.
 
Depois, surgiram as publicações semanais Gazeta Regional, em 1984 e Jornal de Jaguariúna (JJ), em 1994, sendo que ambos ainda estão em atividade.
 
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