Memórias de Jaguariúna

Memórias de Jaguariúna: festas prestam homenagens a Santo Antonio e São Sebastião

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 26/03/2019 Tradição de homenagear Santo Antonio surgiu quando Jaguariúna era distrito (Fotos Casa da Memória) Desde o tempo de Distrito de Paz de Jaguary, a tradição de homenagear Santo Antonio, com a realização de desfiles de cavaleiros, veio se fortalecendo ao longo dos anos. Já na década de 40, na Fazenda Santa Francisca do Camanducaia, de Totó Valente, o santo era bastante festejado.
 
“Todo ano tinha Festa de Santo Antonio, com missas, procissões, bailes e churrasco, era tudo de graça. O pessoal de Jaguariúna não via a hora de chegar o dia da festa. Na época, matavam de dois a três bois, e cada pessoa pegava espeto de bambu para assar a carne na fogueira”, relata o morador Plínio Parízio.
 
A primeira organização do desfile de cavaleiros foi do seu pai Francisco Parisi e o padre Gomes sugeriu de fazer da fazenda até a cidade de Jaguariúna. “Eu tinha 12 anos e já andava a cavalo. Participavam pessoas da cidade, de outros sítios e fazendas, então, o movimento era grande. A cavalaria era de Santo Antonio porque Totó Valente era muito devoto desse santo”, ressalta. Anos mais tarde nascia a Cavalaria Antoniana. 
 
Festa de São Sebastião é uma das mais antigas da cidadeJá a festa de São Sebastião começou em 1919. No ano anterior, a gripe espanhola causou um óbito no Distrito de Jaguary e Terezinha Machado de Almeida, doou a imagem de São Sebastião para a igreja, segundo o jornal A Comarca de Mogi Mirim. E em janeiro de 1919 começou a Festa de São Sebastião.
 
“Naquela vocação rural de pequena Vila, ladeada por sítios e fazendas, com muitos animais, criou-se a tradição desta festa. Todas as famílias doavam um animal para a igreja para que fosse abençoado e livrasse o seu rebanho de enfermidades. Eu participo dessa festa há 40 anos mantendo a tradição dos meus avós, e até hoje, nós ouvimos testemunhos de pessoas que ainda fazem questão de reservar um animal para a festa”, conta Tomaz de Aquino Pires.
 
Ele lembra que tinha o pau de sebo, feito com eucalipto, que as crianças subiam para conseguir no topo pegar bolas de capotão, dinheiro, camisas ou calças. “A alegria da criançada era quando escapava um boizinho, no meio da festa. Era um corre-corre muito gostoso. As nossas melhores roupas e nossos melhores calçados eram guardados para as missas e procissão da Festa de São Sebastião”, completa.                                            
 
Naquela época, também existiam festas em homenagem a São Benedito, Sagrado Coração de Jesus, Sagrado Coração de Maria e da Imaculada Conceição. E só anos mais tarde se começou comemorar a padroeira da cidade, Santa Maria, em 12 de setembro.
 
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