Guarda apreende 'chupa-cabra' em caixa eletrônico do Banco do Brasil

por Bruno Giannini em 31/07/2018 Por volta das 12h deste último domingo, 29, a Guarda Civil Municipal de Jaguariúna foi acionada para comparecer à agência do Banco do Brasil e averiguar a denúncia, feita por meio do telefone 153,  de um cliente, que teria avistado uma peça preta, de plástico, que, segundo ele, 'travava' seu cartão eletrônico.

De acordo com o inspetor José Alberto Ramos, ao chegar no local para apurar os fatos, se deparou com o famoso mecanismo criminoso conhecido como 'chupa-cabra'. O dispositivo fraudulento foi removido pelos policiais e levado à Polícia Civil, onde será instaurado inquérito pela delegada titular, Juliana Belinatti Menardo.

Golpe
 
Ramos explica que os criminosos inserem o dispositivo no local onde o cliente introduz o cartão do banco nos caixas eletrônicos. Este equipamento visa copiar a tarja magnética do cartão de débito. Além disso, os marginais instalam minicâmeras no interior dos caixas 24h para gravar as senhas digitadas pelos clientes (assista ao vídeo relacionado e entenda melhor). 

Vale salientar que o simples fato de tapar o teclado com a mão na hora de inserir a senha pessoal, pode resultar uma medida de segurança eficaz contra as câmeras espiãs.
 
Dicas  

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) pede para que os clientes fiquem atentos às dicas para garantir a proteção de seus dados. As molduras dos caixas eletrônicos são produzidas em larga escala e, por essa razão, possuem a mesma cor. Quando você for a uma agência, repare em todos os caixas que estão dispostos.
 
Em uma situação comum, todos eles devem apresentar as mesmas características físicas. Quando o caixa é clonado, os bandidos utilizam (na maior parte das vezes) molduras falsas, que não respeitam a tonalidade original.

É verdade que esse procedimento de segurança é um ótimo primeiro passo, mas há também casos em que os criminosos utilizam frentes originais, roubadas de outras agências. Por isso, apenas verificar a tonalidade do caixa eletrônico não garante 100% de certeza da procedência do aparelho.

Os bandidos estão sempre com pressa, afinal de contas, eles não querem ser pegos pela polícia ou por seguranças que possam barrar os seus ganhos. Devido ao pouco tempo para agir, dificilmente algum bandido conseguirá montar o aparelho com perfeição, tendo ainda que deixar facilitada a retirada posterior.

Somando todos esses fatores, fica fácil entender por que os equipamentos falsos não ficam bem presos à estrutura. Por isso, antes de inserir seu cartão no caixa automático, faça uma rápida verificação tátil. Basta tentar sacudir o aparelho (levemente) para saber se ele está totalmente fixado ou não.

Uma das principais falhas dos bandidos é na imitação dos softwares de controle dos bancos. Geralmente as cópias ilegais são congeladas, não apresentando a animação que os programas oficiais possuem.

Outro ponto que merece atenção é a resposta do touchscreen. Muitos caixas automáticos oferecem essa tecnologia, mas não são todos os equipamentos que suportam. Se na agência em que você está apenas um deles não possui o suporte, desconfie. Isso porque os bancos costumam abastecer as agências com aparelhos iguais, evitando disparidade entre os caixas.

Ao chegar a uma agência, verifique se todos os caixas eletrônicos estão ligados. Os fraudadores costumam desligar todos os outros aparelhos para que os clientes do banco sejam obrigados a utilizar o que está clonado. Estando somente um deles disponível, é melhor desconfiar e desistir de fazer o procedimento.

Ainda conforme a Febraban, utilizar o telefone da agência para informar possíveis clonagens não é uma boa ideia. Eles podem ter sido modificados para direcionar as ligações para receptores das quadrilhas, por isso procure utilizar o seu telefone celular a uma distância segura do local da suposta clonagem.

E atenção: caso a máquina retenha seu cartão, não digite sua senha para tentar retirá-lo. Cancele imediatamente a operação, utilizando a tecla 'anula' E em caso de suspeita de fraude, chame a polícia. Ligue para 153 (GCM) ou 190 (PM).