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Livro Histórias e Memórias do Velho Jaguary é lançado pelo professor e historiador Tomaz de Aquino Pires

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 04/01/2025 Tomaz e o livro Histórias e Memórias do Velho Jaguary (Foto Gislaine Mathias)O professor e coordenador da Casa da Memória de Jaguariúna, Tomaz de Aquino Pires realizou o lançamento do livro Histórias e Memórias do Velho Jaguary, no dia 12 de dezembro. O lançamento contou com as presenças de amigos, parentes e autoridades, na Casa da Memória Padre Gomes.
 
A organização desse livro nasceu na pandemia quando nós precisamos ficar isolados e a Casa da Memória fechada, então, eu levei meu notebook e fiquei isolado na Fazenda Santa Elisa, em Aguaí. Fiquei trabalhando 8, 9 horas por dia reunindo todo o material histórico e de memórias”, conta Tomaz sobre como foi a preparação do livro.
 
Ele relata que essa reclusão deu para organizar a obra e reunir todo o acervo com os textos já escritos desde 2007, além de selecionar a temática, procurar um encadeamento lógico dos capítulos e selecionar as fotos da reserva técnica da Casa da Memória.
 Tomaz autografando os livros (Foto Gislaine Mathias)
Os textos brotaram das minhas vivências como jaguariunense e com a minha família. Da criação na Fazenda Florianópolis do fundador da cidade, da história da família Pires, do meu avô, que era marchante e arrematou essa fazenda em Mogi Mirim, então, eu nasci nesse berço histórico, uma sede construída em 1870”, comenta alguns detalhes do livro. 
 
Ele relata que o seu avô José Pires Junior e o sócio Joao Pedro de Figueiredo venderam uma grande boiada e surgiu a ideia de empregar esse dinheiro no arremate da fazenda, e isso, aconteceu nas vésperas do Natal de 1915.  
 
“Eu sempre me senti muito tocado pelas histórias do lugar e mamãe contava muitas histórias quando eu era criança. Meu pai, meus tios e minhas tias contavam detalhes do Coronel Amâncio Bueno e eu vivi participando do dia a dia de Jaguariúna. Nasci em 1948 e já era distrito de Paz de Jaguariúna. Eu vivi na fazenda Florianópolis até os sete anos. Uma infância muito feliz. Vivi como um pássaro observando tudo e ouvindo a tudo e aqui tomei contato com a molecada da cidade. Coroinha do padre Gomes e jogador de futebol do São Cristóvão, no Campo do Padre, então passei a minha infância correndo pelo jardim, pelo coreto, pela fonte.
As exposições das escolas, uma infância rodando pneus pelas ruas, descalço pelo centro histórico, tudo isso foi influenciando na gestação dessa obra. Eu participei da emancipação política e dessas 17 administrações. Acho que isso deu um conteúdo para desenvolver essa obra.  Foi uma longa caminhada” explica Tomaz.
 
O autor espera que com essa obra possa desenvolver nas pessoas um pouco o gosto pela paisagem cultural do velho Jaguary. “Não podemos negar ao cidadão o mais legítimo direito que é o conhecimento da sua história. Espero que as pessoas leiam e vejam a necessidade de preservar as nossas memórias, a nossa história e a nossa identidade. A história não pode ser varrida das nossas ruas”, concluiu.
 Tomaz recebeu amigos, parentes e autoridades (Foto Gislaine Mathias)
 
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