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Dois casarões históricos com data da fundação da Vila Bueno resistem ao tempo e a modernidade
por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 18/09/2024 Dos 11 casarões históricos da fundação da Vila Bueno e que foram projetados na planta do engenheiro alemão, Guilherme Giesbrecht, de 1894, encomendada pelo coronel Amâncio Bueno, apenas dois permanecem restaurados e guardam as marcas do passado de Jaguariúna.A pousada Vila Bueno, na Rua Alfredo Engler, foi residência do fundador da cidade, Amâncio Bueno, com a segunda esposa Hermelinda Romanini e dez filhos.
A casa ainda foi abrigo para os alunos do Colégio Rosa, em 1889 por ocasião da onda de epidemia de febre amarela que atingiu Campinas.
O Casarão foi sede da Pensão da Mariquinha, de propriedade de Maria Munaretti Picelli. A partir dos anos 60, a filha Maria Picelli Carneiro, conhecida por Marica, assumiu a função de administrá-la, até 1981.
Já na década de 90, a memorialista Maria Abigail Nogueira Moraes Ziggiatti adquiriu a pensão e após um trabalho de restauração passou a ser chamado de Vila Bueno.
Outro prédio que se destaca no quesito restauração é o Casarão, que pertenceu ao capitão e tabelião Ulisses Massoti, na rua Cândido Bueno. Além de utilizar como residência, o prédio se torna a sede da Casa Comercial de Bueno e Ferreira, o 1º cartório da cidade.
Em 17 de setembro de 1897 foi inaugurado e em março de 1898 foi realizada a primeira eleição do distrito de paz de Jaguary. O estabelecimento funcionou neste endereço até 1923.
O casarão permaneceu abandonado por um período até ser restaurado por Lúcia Maria de Moraes Ribeiro, sendo adaptado para restaurante e eventos. Já foi conhecido pelo nome de Casarão Imperial e em 2005 passou por reforma para sediar a Biblioteca Municipal.
E na fase mais recente foi adquirido pela empresa ITF Comercial, de Holambra, que preservou o patrimônio mantendo a sua fachada original, e será um espaço para eventos.
Descaracterizadas
As demais construções do início da formação sofreram com a ação do homem, sendo que seis foram demolidas e três estão descaracterizadas em comparação com os projetos originais.
Na rua Cândido Bueno, por exemplo, em frente à Praça, está o prédio comercial que pertenceu ao imigrante italiano Antonio Galo, o Peroba, e funcionava como residência e conserto de relógios. Esse prédio está totalmente descaracterizado.
Outro exemplo é a construção, que pertenceu a Generoso Castanho. Nos anos 40 chegou a ser adquirido por Gilberto Martins, responsável pela pedreira e depois pelo comerciante libanês Calil Abib Najjar, sendo voltado para a venda de roupas, tecidos, perfumes e calçados.
No século XXI, o prédio passou por uma intervenção e teve parte da sua fachada original demolida para uma nova construção de dois andares.
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