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Saúde de Amparo zera transmissões de HIV de mãe para filho e recebe o prêmio Luiza Matida

por Redação/Estrela da Mogiana em 12/12/2022 Artur Nogueira participa de cerimônia de premiaçãoA Secretaria Municipal de Saúde de Amparo foi premiada com o Prêmio Luiza Matida por zerar as transmissões de HIV de mãe para filho.
 
O prêmio foi dado pelo Governo do Estado de São Paulo, que também reconheceu outros 72 municípios paulistas, no Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização e combate ao HIV.

A transmissão de mãe para filho é chamada de Transmissão Vertical do HIV (TVHIV) e ocorre quando a criança é infectada pelo vírus durante a gestação, parto ou amamentação.

Para zerar este índice, a equipe de Saúde de Amparo realiza continuamente uma série de ações, além do acompanhamento direto com a pessoa vivendo com HIV (PVHIV).

“Através de ações de prevenção, identificação precoce do diagnóstico de HIV/AIDS em gestantes, agilidade nos exames e início de medicação de antirretroviral, bem como acompanhamento da gestante por todos os serviços de saúde municipal e serviços de referência, conseguimos zerar esses casos”, explica a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia (SAE/CTA), Márcia Aparecida Alves.
 
Ela explica que quem vive com HIV pode ter filhos sem o vírus. “Vale ressaltar que a gestante que faz o tratamento adequado durante o pré-natal tem menos de 1% de chance de transmitir o vírus ao bebê. Ainda assim não pode amamentar e o bebê deve fazer acompanhamento médico especializado até 18 meses”, explica.

Para tratar esses casos, Amparo segue as mesmas diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde e pelo Estado de São Paulo, através do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral (PCDT), que orienta quanto ao atendimento e trabalho de prevenção e combate.

Todo o atendimento é feito no SAE/CTA, que fica localizado no Ambulatório de Especialidades.

Atualmente, 333 pessoas de Amparo fazem o tratamento no local, sendo 18 registradas só este ano.

A coordenadora do SAE destaca que nem toda pessoa que positiva para HIV desenvolve a Aids, uma vez que HIV é o vírus e Aids a doença, por isso a testagem é essencial.

“O vírus do HIV ataca o sistema de defesa do organismo e pode destruí-lo se a pessoa não se tratar, deixando o organismo vulnerável a várias infecções e complicações graves. Somente chamamos de Aids esse estágio em que o organismo contrai infecções e passa a apresentar os sintomas”, explica. “É importante lembrar: qualquer pessoa pode se infectar com o vírus do HIV e muitas pessoas acabam vivendo com o vírus sem saber. Por isso é importante fazer o teste e iniciar o tratamento o quanto antes”, explica.

Os testes podem ser feitos no CTA, todos os dias, das 7h às 16h, ou por agendamento prévio. Todas as demais Unidades de Saúde da Família também são capacitadas e oferecem o serviço de forma gratuita.

Marcia ressalta que uma pessoa com HIV pode ter uma vida normal, seguindo as recomendações médicas e com uso das medicações indicadas, e que o preconceito precisa ser vencido para que o vírus seja tratado de forma séria.
 
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