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Negros e imigrantes integraram a força do trabalho na lavoura e no comércio em Jaguary

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 03/10/2022 Imigrantes italianos vieram para o Brasil com o objetivo de substituir a mão-de-obra escrava (reprodução)A força do trabalho nas fazendas e no distrito de Jaguary foi passando por transformações ao longo do tempo, com a abolição da escravatura e a chegada dos imigrantes.  
 
No final do século XIX, as fazendas começaram receber os primeiros italianos, que vieram substituir o trabalho escravo, nas lavouras de café.
Negros responsáveis pelo trabalho na cozinha na Fazenda Santa Francisca do Camanducaia, no início do século XX  (reprodução do livro Vila Bueno)Várias leis foram surgindo para abolir o tráfico de negros até que em 1888, a Lei Áurea acabava com a escravidão no País, mas as dificuldades ainda eram grandes para esse povo escravizado.     

Com o passar do tempo, os imigrantes foram conquistando a sua própria terra e outros optaram pelo ramo do comércio, então, surgiram os armazéns de secos e molhados comandados pelos italianos, no centro do distrito.
Imigrantes portugueses foram trabalhar na construção da ferrovia e muitos seguiram na profissão de ferroviárioEntre o final do final do século 19 e início do 20, o distrito também recebeu imigrantes de outras nacionalidades, que contribuíram para a força do trabalho do local.
 
Nesse período houve um crescimento da chegada de portugueses e em Jaguary, a maioria deles foi trabalhar na ferrovia.
 
Mesmo com o passar dos anos, ainda era possível ver imigrantes ou descendentes de portugueses realizando atividades ligadas ao trem, desde no escritório até como maquinista e outros cargos.
 
Já os libaneses chegaram na Vila Bueno, com o dom para o comércio e foram exercer a profissão de mascate.
Os libaneses trabalharam de mascates e muitos montaram o seu próprio negócio. Na foto, Antonio Mauricio Hossri diante da Casa de Comércio de seu pai, Miled Salomão Hossri, na Rua Cândido BuenoCom malas contendo mercadorias, eles percorriam as fazendas e sítios, e faziam todo o trajeto a pé. Depois, eles foram investindo e adquirindo seu próprio negócio na Vila.
Colheita de algodão da Fazenda Camanducaia, também foi uma cultura cultivada no distrito Jaguariúna tem na sua formação outros imigrantes, como, espanhóis, holandeses e japoneses.
 
Na fase mais recente, também passou a contar com a força do trabalho de pessoas de diversos cantos do País que escolheram a cidade para morar. Desta maneira foi se desenvolvendo e formando a Jaguariúna da atualidade.
 
 
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