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A visão empreendedora do Coronel Amâncio Bueno na criação da Vila Bueno
por Redação/Estrela da Mogiana em 10/09/2022 Com uma visão de empreendedor, o Coronel Amâncio Bueno encomendou ao engenheiro Guilherme Giesbrecht, em 1894, a planta de uma vila, nas terras da Fazenda Florianópolis.O engenheiro desenhou 39 quadras, 15 ruas e 11 casarões foram construídos, mas antes desta data, no ano 1889, iniciou a construção de uma igreja, no estilo gótico-bizantino, marco de fundação de Jaguariúna.
Nos dias 12 e 13 de janeiro de 1895 foi realizada a inauguração da Capela de Santa Maria do Jaguary, com a orquestra Roriz de Campinas, do compositor Santana Gomes, irmão de Carlos Gomes.
Em entrevista, o coordenador da Casa da Memória Tomaz de Aquino Pires comenta sobre algumas benfeitorias feitas pelo coronel.
“Foi uma festa muito grande aqui na Vila, pois trouxeram em procissão da Estação de Jaguary a imagem de Santa Maria para ser colocada no altar da capela, em 1895. Essa programação saiu publicada no Correio do Amparo. Em 2 de fevereiro de 1902, é criada a paróquia Santa Maria do Jaguary e chegou o primeiro pároco, Ignácio Gióia. No mesmo ano, ele coloca as primeiras benfeitorias na Vila. Consegue a criação de classes e como não havia água, doou a nascente da fazenda Florianópolis para Mogi Mirim e conseguiu canalizar a água, colocando um chafariz na praça ao lado da igreja. Antes era água de poço e com o chafariz, as pessoas vinham de balde ou bacia buscar água na praça. Também consegue iluminação, com o sistema de lampiões e doou parte do terreno para o cemitério, que existe até os dias hoje”, disse Tomaz.
No ano de 1896, o Coronel Amâncio Bueno consegue junto à Câmara Municipal de Mogi Mirim a elevação da Vila Bueno a categoria de Distrito de Paz de Jaguary, em 5 de agosto, através da lei 433, ficando vinculado ao município de Mogi Mirim.
“O Coronel Amâncio Bueno foi amigo da vila, deu progresso e trouxe benfeitorias, mas era uma pessoa impetuosa e por causa dos seus amores clandestinos não era bem visto pelos imigrantes tradicionais. Quando terminou a construção da igreja em setembro de 1894, o povo da vila e os colonos erigiriam um obelisco em homenagem a ele com pedra mármore em agradecimento pela construção da igreja. Anos mais tarde, 1904, o monumento foi dinamitado por inimigos políticos”, salientou Tomaz.
De acordo com dados da Casa da Memória, a água encanada nas casas chegou em Jaguariúna no final da década de 60, enquanto que o asfaltamento veio na década de 70.
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