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Incêndio de grande proporção em mata nativa de Jaguariúna mobiliza bombeiros no combate ao fogo por mais de 40 horas

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 27/08/2021 Cenário triste com pasto queimado mostrando grande área afetada (Foto Defesa Civil)Com o tempo seco, Jaguariúna vem sofrendo com o crescimento no número de queimadas em diversos pontos da cidade. A equipe da Defesa Civil não está parando um só minuto para atender todas as ocorrências.
 
O incêndio, de maior proporção já registrado em Jaguariúna, teve início na quarta-feira, dia 25 às 10h, numa fazenda localizada ao lado da Motorola.
 
A diretora da Defesa Civil de Jaguariúna, Fernanda Tesche explica que o fogo foi descendo por toda a extensão da área verde, que também é formada por mata nativa, e atingiu os pastos de mais duas fazendas.  
 
“E ontem (26 de agosto), o fogo se intensificou na parte da tarde, na área verde de mata nativa ao lado da Ambev, onde ficamos até às 5h desta sexta-feira, dia 27”, contou a diretora.
 
No total, foram 43 horas de combate ao fogo. A ação envolveu o Corpo de Bombeiro da Polícia Militar do Estado de São Paulo, através das cidades de Mogi Guaçu e Campinas, e contou com o trabalho dos bombeiros municipais e da Defesa Civil, e apoio das Secretarias de Obras e de Meio Ambiente, e da Polícia Municipal, ambos de Jaguariúna.
 
Logo pela manhã desta sexta-feira, a equipe retornou ao local para monitorar a área e de acordo com informações da diretora Fernanda, o fogo está controlado.
 
O sargento Leme, responsável pelo monitoramento e vistoria da área, disse que está tudo sob controle, pois apesar de ter alguns focos não existem riscos.
 
Não se sabe o motivo que originou o incêndio, mas pela experiência dos profissionais, o fogo foi criminoso.
Ação mostra as dificuldades de apagar o fogo em mata nativa (Foto Defesa Civil)Dificuldades
 
Por ser uma área de mata nativa, as dificuldades no combate ao fogo são grandes.
 
“É uma área muito fechada e não tem logística para entrar com veículo, então, o combate é realizado através da mão de obra, ou seja, o bombeiro entra no meio mato com vassoura de bruxa e bombas costais para estar combatendo o incêndio, só que é um trabalho demorado. Não é igual se tivesse com o veículo, que joga a água e rapidamente se consegue extinguir os focos, por isso acaba tomando essa proporção e as pessoas acham que ninguém está fazendo nada porque é um trabalho manual e por isso, demanda tempo”, esclarece Fernanda.
 
Assustador
 
Entre as preocupações com a área atingida pelo fogo estavam a proximidade com muitas propriedades rurais, uma empresa de grande porte e alguns bairros da cidade.
 
Além disso, a preocupação era grande com a flora e a fauna, por ser um local com árvores nativas e animais silvestres.
 
O barulho do fogo no bambuzal foi ouvido pelos moradores e a fumaça invadiu todos os cantos da cidade.
 
Os moradores ficaram assustados com a grandiosidade do incêndio, que vem sendo considerado um dos piores dos últimos anos.  
Bombeiros observam a área de foto antes de iniciar os trabalhos (Foto Defesa Civil)
 
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