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Insanidade, irresponsabilidade ou descaso pela vida: casos e mortes explodem no Brasil

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 31/03/2021 Logo do Editorial do site Estrela da MogianaEstamos vivendo os piores momentos da história do Brasil, com a explosão de casos e mortes por um vírus, que após um ano, ainda é tratado de maneira negligente por uma parcela da classe política e da população.
 
Estamos enfrentando um vírus cruel e fatal para muitos casos. Além de temer pelas nossas vidas, dos nossos familiares e amigos, ainda recebemos a cada instante um choque de realidade em relação aos diversos comportamentos negacionistas em relação a doença.
 
Mas ainda me pergunto o que faz uma pessoa sair na rua sem máscara, seja para caminhar, andar de bicicleta ou realizar qualquer atividade fora de casa? Ainda me pergunto porque uma pessoa é capaz de ir para praia ou viajar num momento em que os corpos estão sendo empilhados e que as pessoas estão morrendo nas UTIs ou sem atendimento por falta de leitos?
 
Sempre achei que os brasileiros eram solidários, mas nessa pandemia, percebi que existem dois sentimentos. No primeiro, o sentimento é de tristeza porque infelizmente existe uma parcela da população, que ainda age como se nada estivesse acontecendo e segue aglomerando nas festas, nas viagens e nos encontros com os amigos.   
 
Já o segundo sentimento é de alegria, pois percebo que ainda existem brasileiros que seguem as regras sanitárias e que se doam pelo próximo, sejam os profissionais da saúde que estão na linha de frente ou aqueles que estão engajados em campanhas para ajudar as pessoas mais carentes e os animais.
 
Nós temos o melhor formato de campanha de vacinação do mundo. O SUS espalhado pelo Brasil é capaz de promover campanhas de sucesso e imunizar pessoas de todas as idades, mas não temos vacinas suficientes para uma vacinação em massa.
 
Dormimos no momento de comprar as vacinas, dormimos ao incentivar a pesquisa, dormimos ao criar uma campanha nacional de combate à doença, dormimos ao perceber que a vacinação é a única maneira de evitar o caos na saúde e dormimos ao pensar que estávamos assistindo a um filme.
 
Até quando vamos achar que nada está acontecendo? Não estamos no momento de discutir questões partidárias. Cada vez que uma pessoa defende um lado político, centenas de brasileiros morrem nas filas dos hospitais. Desde quando a vida passou a não ter importância e a morte se tornou algo normal? Deixamos de ter empatia pela dor do próximo?
 
Estamos na Semana Santa e chegando na Páscoa. Estamos num momento de rezar pelas famílias, pelas pessoas que estão passando dificuldades seja na saúde ou financeiramente e acima de tudo de refletir sobre o que estamos fazendo para diminuir a contaminação pela Covid-19.
 
Será que estou seguindo no caminho da fé preservando a vida, não só a minha, mas de todos os cristãos? Precisamos refletir sobre as nossas atitudes nessa pandemia.
 
Podemos chegar a 5 mil mortes por dia. Vamos deixar isso acontecer ou vamos assumir que cada um de nós pode fazer a diferença? Esse vírus veio para mostrar a importância de viver em comunidade e que uma pessoa depende da outra.
 
Quanto mais essa pandemia demorar para passar mais a economia vai sofrer as consequências e mais vidas serão tiradas do nosso convívio. Ao encerrar esse texto eu deixo a seguinte pergunta: o que estou fazendo para evitar o crescimento dessa doença?
 
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