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Memórias de Jaguariúna: mascates levavam mercadorias para sítios e fazendas

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 21/11/2019 Ex-prefeito de Jaguariúna, Antonio Mauricio Hossri diante da Casa de Comércio do seu pai, Miled Salomão e mãe Cecília Nader Hossri, na rua Cândido Bueno (Casa da Memória)Os imigrantes italianos vieram trabalhar na lavoura do café para substituir o trabalho dos escravos. Segundo o coordenador da Casa da Memória, Tomaz de Aquino Pires, muitos imigrantes deixaram as fazendas e com as economias alugaram imóveis para montar armazéns de secos e molhados.
 
A Vila Bueno também recebeu outros imigrantes, como, sírios, libaneses, portugueses e espanhóis. E muitos, já tinham as suas profissões, como, ferreiros, marceneiros e barbeiros.
 
Os libaneses chegaram na Vila e foram exercer a profissão de mascates (vendedor que oferecia mercadorias em domicílio).   
 
Meu pai, Milet, veio do Líbano com os irmãos Felipe e Pedro. No começo, eles saiam mascateando pelo Jaguary e iam até Anhumas, andando a pé e carregando as malas, levando diversos objetos para vender nos sítios e fazendas. Era um trabalho difícil e era preciso de autorização para entrar nas fazendas. O pagamento era por ano quando acontecia a colheita da safra”, relata o ex-prefeito Antonio Maurício Hossri
                                                          
Ele conta que com o tempo, seu pai parou de mascatear, montou um comércio na rua Cândido Bueno e passou a vender secos e molhados, como, arroz, feijão e bacalhau, que na época era mais barato que a carne.
 
“Com o comércio já entregava as mercadorias de cabriolé. Era comum vender peças de algodãozinho para as pessoas fazerem agasalhos para não tomar sol”, complementa.
 
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