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Vendaval atinge Centro de Equoterapia de Jaguariúna e deixa um rastro de destruição

por Bruno Giannini em 10/01/2020 Vendaval atingiu carros de funcionários do Centro de Equoterapia (Fotos divulgação) O Centro de Equoterapia de Jaguariúna (CEJ) foi atingido no final da tarde de terça-feira, 7 de janeiro, por um vendaval cuja ação ocasionou a queda de ao menos 30 árvores e culminou com a destruição da lataria de dois veículos de trabalhadores, além do destelhamento de residências de funcionários que vivem no local.

Além disso, a estrada que dá acesso às moradias funcionais também ficou intransitável, em razão da vegetação arremessada pela ventania ter obstruído o tráfego. Já a pista para caminhada no bosque teve de ser interditada pela administração, pois foi tomada por galhos e troncos que despencaram com a força dos ventos.
Em torno de 30 árvores caíram com os fortes ventosSegundo o presidente do Centro de Equoterapia, Wilson Melillo, felizmente ninguém se feriu – tanto os empregados quanto as crianças assistidas pelo projeto – já que, durante a ocorrência, nenhuma atividade havia sido programada e, portanto, não havia fluxo de pessoas.
 
"O vendaval foi muito feio, começou com uma chuva meio fininha, mas logo depois começamos a ouvir um barulho ensurdecedor, que parecia o som de um motor girando. Durou cerca de uns dez segundos, mas o estrago foi muito grande. Graças a Deus, ninguém foi atingido. Temos que comemorar e agradecer muito a Deus por isso", ressalta.

Em relação aos custos com os reparos a serem feitos, Melillo afirma que ainda está orçando valores e informa que já contratou mão de obra para replantio das árvores e liberação do bosque. "As crianças caminham por lá e precisamos cuidar da segurança delas e também da preservação ambiental", salienta.

Ele relembra que há cerca de 18 anos, o Centro de Equoterapia passou por um problema semelhante causado por vendaval, mas frisa que não com as mesmas proporções do atual. E revela que o seguro contratado pela entidade cobre incidentes provocados pela ação de fenômenos adversos da natureza (como raios, por exemplo), com exceção de vendavais.
 
Wilson Melillo assegura que o atendimento não foi comprometido e reforça que os procedimentos de manutenção estão sendo realizados.
Prejuízos ainda estão sendo contabilizados pelos responsáveis do Centro de Equoterapia
Equoterapia

Subir no animal, segurar e guiar as rédeas, e manter o equilíbrio são atividades capazes de surtir efeitos muito positivos para o cotidiano de qualquer pessoa. E quando se trata de alguma deficiência, esses benefícios são ainda mais perceptíveis.

A equoterapia é um dos principais tratamentos de reabilitação para pessoas com limitações físicas ou mentais. Isso porque ela consegue alcançar excelentes resultados com problemas relacionados aos movimentos dos quadris e coluna vertebral, assim como no desenvolvimento da fala, socialização e até mesmo autoconfiança.

De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia, sediada em Brasília (DF), quando submetidas ao tratamento, pessoas com autismo podem aprender a conviver melhor com outros indivíduos, melhorar a comunicação, diminuir a agressividade e até se tornarem mais independentes.

Já pacientes com alguma deficiência física conseguem ter mais firmeza e equilíbrio nos movimentos, melhorar a postura, tonificar a musculatura e quem sabe até deixar de lado muletas e andadores. Isso sem falar nos sentimentos de liberdade e bem-estar proporcionados pela montaria.

Para o presidente do Centro de Equoterapia de Jaguariúna, a equotetapia – método terapêutico que utiliza o cavalo para a prática da equitação, buscando o desenvolvimento psicossocial de pessoas com necessidades especiais – é muito importante inclusive para o contexto regional, já que atende, atualmente, 400 crianças. Destas, de acordo com ele, 118 são de Jaguariúna.

"Hoje, o Centro de Equoterapia de Jaguariúna nos orgulha muito porque é considerado o maior da América Latina. As crianças não pagam nada pelo atendimento, que é mantido através de patrocínio e também custeado com apoio da Prefeitura de Jaguariúna por meio da Secretaria de Saúde. Além disso, nós criamos há seis meses o Centro de Atendimento ao Autismo em Jaguariúna, que conta com uma equipe multidisciplinar, inclusive com um médico da Unicamp, especializado em Autismo. Jaguariúna sai na frente, não há em Campinas ou região outro centro semelhante. Nossa meta agora é nos tornarmos referência, em nível de Brasil, no atendimento às crianças com autismo", finaliza.


 
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