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Memórias de Jaguariúna: fragmentos da história de Jaguary e curiosidades da origem da cidade

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 03/05/2019 Foto mostra como era a Jaguariúna de antigamente (Fotos e documento da Casa da Memória) Na década de 40, o Distrito de Paz de Jaguary precisou ser batizado com outro nome e a disputa envolveu três sugestões: Jaguariúna, Jaguarité e Jaguaribara.
 
O termo Jaguary foi utilizado até o dia 31 de dezembro de 1944, pois a partir de 1º de janeiro de 1945 passou a ser chamado de Distrito de Jaguariúna. O coordenador da Casa da Memória, Tomaz de Aquino Pires explica que o nome precisou ser mudado por causa da homonímia, pois haviam mais lugares com essa mesma denominação.
 
Ele conta que na época o prefeito de Mogi Mirim designou uma comissão para estudar uma nova denominação e como não poderia ser colocado Vila Bueno, pois não aceitaria dois nomes, a comissão pensou em acrescentar sufixos no Jaguari e acabaram surgindo Jaguarité, Jaguariúna e Jaguaribara.
 
De acordo com Tomaz, a decisão em São Paulo foi para Jaguariúna. “Esse sufixo foi sugestão do diretor do grupo escolar de Jaguary, Oscar de Almeida. A tradução em tupi ficou Rio da Onça Preta, apesar de que alguns estudiosos defendem o significado como Rio Escuro das Onças. Desde então, ficou corrente essas duas traduções. Embora os dois são aceitos, Rio da Onça Preta se tornou o mais popular”, frisou Tomaz.
 
Vamos para a Vila?
 
Ao longo do tempo e mesmo com as transformações, as pessoas de Jaguariúna continuavam seguindo algumas tradições.

“Uma das particularidades que me marcou muito foi com o nome Jaguary. Os meus avós e os antigos sempre diziam Jaguary, e embora, a partir de 1945, passou a ser denominada oficialmente de Jaguariúna, ficou o costume de ser chamado de velho Jaguary, sendo lembrado de maneira constante pelos moradores antigos”, relatou o coordenador da Casa da Memória.  
 
Também era costume dizer ‘Vou à Vila’, se referindo ao centro do Distrito. “Eu nasci na Fazenda Florianópolis, do fundador da cidade, Coronel Amâncio Bueno e naquele tempo, as pessoas diziam nós vamos para a Vila. E mesmo após a emancipação muitos usavam esse termo. Vila e Jaguary foram nomes comuns e se mantiveram por muito tempo.”, relata Tomaz.  

Carta da Comissão formada para discutir a emancipação e enviada para a Assembléia Legislativa em 30 de abril de 1953 Destaques   
 
Inauguração da linha férrea entre Campinas e Mogi Mirim, no ano de 1875, sendo que esse trajeto passava pela Vila Bueno.
 
Em 1894, o coronel Amâncio Bueno contrata o engenheiro Guilherme Giesbrecht para fazer a planta da Vila Bueno, com ruas largas e as onze primeiras casas.
 
A Vila é elevada à categoria de Distrito de Paz de Jaguary, em 5 de agosto de 1896.
 
O início da construção da Igreja de Santa Maria foi em 1889, no estilo gótico-bizantino e a inauguração ocorreu nos dias 12 e 13 de janeiro de 1895.
 
No dia 19 de fevereiro de 1902, foi criada a Paróquia de Santa Maria, pelo bispo de São Paulo, Dom Antonio Cândido Alvarenga. E no dia 24 de junho do mesmo ano, o padre Ignácio Gióia assumiu como primeiro pároco.
 
Em 15 de dezembro de 1945 começava a funcionar a nova estação ferroviária que ficou em atividade até 1978. Atualmente sedia o Centro Cultural e recebe o trem turístico da Maria Fumaça e turistas aos finais de semana.
 
No ano de 1952, o jornal A Comarca, de Mogi-Mirim, noticiava a 1ª reunião para cuidar da emancipação político-administrativa de Jaguariúna, na sede da Fazenda Florianópolis.
 
Jaguariúna se tornou município ao conseguir a emancipação em 30 de dezembro de 1953.

Diretor do grupo escolar de Jaguary, Oscar de Almeida, foi responsável por sugerir o nome Jaguariúna. Na foto, ele aparece com alunos, no ano de 1947
 
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