Memórias de Jaguariúna

Estrela da Mogiana com toque de poesia e autoria de Francisco Luzia Neto

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 25/10/2016 arquivo sem legenda ou nomeJaguariúna vivenciou diversas transformações ao longo dos anos.

De Vila Bueno e Distrito de Paz de Jaguary até conquistar a emancipação político-administrativa de Mogi Mirim, no ano de 1953, e se tornar o município de Jaguariúna, nome que significa Rio da Onça Preta.

Com o passar do tempo, a sociedade sentiu a necessidade da cidade ter um cognome que tivesse identificação com a sua principal tradição na época.

Em 1965 foi organizado um concurso de âmbito nacional pelo professor de Língua Portuguesa e agente aposentado do IBGE, Ildefonso de Paula Oliveira junto com o professor Irineu Expedito Ferrari e o contador José Poltronieri.

Foram 600 sugestões inscritas, sendo que na 1ª fase foram selecionados 100 nomes e apenas dez passaram para a votação final que ocorreu na Sociedade Amigos de Jaguariúna (atual Jaguar Tênis Clube e localizado na época na Rua Alfredo Engler).

O vencedor foi Estrela da Mogiana, do jornalista, poeta e fundador da Academia Amparense de Letras, Francisco Luiza Neto. A intenção era dar um tom de poesia ao cognome. Em 1966, através da Lei 247, o Executivo colocou Jaguariúna entre as poucas cidades do Brasil a ter um cognome adotado oficialmente.   

A partir de então, Estrela da Mogiana passou a fazer parte do dia-a-dia da comunidade.

Teve confecção de flâmulas com o mapa estadual contendo a localização de Jaguariúna, a utilização desse símbolo pelas escolas durante os desfiles cívicos, as calçadas das ruas centrais foram decoradas com pedrinhas portuguesas formando desenhos de estrela (mantém até hoje em alguns locais), obelisco na entrada da cidade e a Rádio Educativa ficou conhecida como Estrela FM. 

A escritora, jornalista e filha de Luzia Neto, Eliana Dagmar conta que apesar de criança lembra da alegria do pai quando foi anunciado que a sua sugestão foi a vencedora. Num artigo publicado no Almanaque do Amparo – Edição do Sesquicentenário de 1979, foi relatado que o concurso contou com 33 urnas em Jaguariúna, uma em Pedreira e outra em Amparo.

“Meu pai comentava que se inspirou na Estrela que guiou os Reis Magos até a Manjedoura onde estava Jesus. A localização de Jaguariúna era ponto de referência, ou seja um entroncamento de quem vinha do Circuito das Águas. Era como se fosse a Estrela que guiou os Reis Magos e Jaguariúna guiava os viajantes que ali chegavam. Foi com essa associação de ideias que nasceu esse nome”, explicou.

Na atualidade foi criado o site Estrela da Mogiana numa forma de homenagear Jaguariúna e resgatar detalhes da sua história, além de estar presente nos principais acontecimentos da atualidade. arquivo sem legenda ou nome
 
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