Memórias de Jaguariúna

Derrubada dos pontilhões: um marco no desenvolvimento da cidade de Jaguariúna

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 18/11/2021 Momento que ocorre a implosão de um dos pontilhões (Acervo Casa da Memória)Quando a estação de Jaguary foi desativada surgiu um novo traçado da estrada de ferro que resultou na construção de dois pontilhões, na rua Cândido Bueno.
 
Todo o trecho e a nova estação de Jaguariúna, atual Centro Cultural, foram inaugurados em 15 de dezembro de 1945. Já em 1978, a
linha foi desativada e na década de 80, os pontilhões se tornaram sérios problemas para o progresso de Jaguariúna.
 
Era comum, caminhões ficarem entalados em um dos pontilhões, que era mais baixo. 
 
Em 26 de julho de 1983, por meio do decreto 960, a área do pontilhão e da estrada de estrada de ferro, de propriedade da Fepasa, era declarada de utilidade pública para fins de desapropriação, na administração de Laércio José Gothardo. Todo esse processo foi acompanhado diretamente na época por Pedro Abrucês.
 
Nesse mesmo ano, os dois pontilhões foram implodidos e surgiram as duas avenidas. Em 6 de outubro de 2006, foi inaugurada a nova ponte para a passagem da Maria Fumaça, que agora é um dos principais atrativos turísticos de Jaguariúna.
 
‘Um pontilhão era mais alto e o outro mais baixo, então, iludia os motoristas. Eles conseguiam passar num pontilhão, mas não passava no outro. Tivemos encalhe de caminhões com fogões e madeiras. Os pneus dos caminhões eram murchados para baixar e eram arrastados com máquina. Foi causando mal-estar porque as pessoas não conseguiam entrar na cidade. E foi crescendo a ideia de tornar possível a passagem para o centro da cidade e o Circuito das Águas.
Com o documento de emissão de posse, corremos para contratar a empresa para a derrubada e pedimos autorização do Exército para usar dinamite. No dia que fomos começar derrubar veio todo pessoal da Fepasa, mas mesmo assim, derrubamos porque não tinha mais volta. A rua ficou lotada para acompanhar e foi uma alegria ver tudo aberto com a possibilidade de crescimento. A derrubada dos pontilhões foi o ponto principal até hoje, pois a partir desse momento, a cidade começou a se desenvolver’, comenta Laércio.   
 
Compartilhe:
Comente: