Memórias de Jaguariúna: Centro Telefônico e os desafios de falar ao telefone naquele tempo
por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 02/07/2019![Telefonista Adair Bodini era uma das funcionárias do Centro Telefônico](https://www.estreladamogiana.com.br/_libs/imgs/final/11193.jpg)
As irmãs Nádia Maria Marques de Oliveira Ramos e Nara Cristina Marques de Oliveira Machado de Sousa recordam que a colocação de postes de madeira e a troca de fiação eram realizados de forma braçal, pois não existiam equipamentos. Naquela época, Toninho do Centro contava com uma caminhonete e a ajuda de dois funcionários.
As ligações eram feitas somente pelas telefonistas e quando eram solicitadas pelos usuários, em suas residências. Já para quem não tinha aparelho de telefone em casa, podia recorrer à cabine telefônica. Outra complicação era no momento do interurbano, pois a demora podia ser até de um dia para conseguir falar com a pessoa de uma outra cidade. Na maioria das vezes, as ligações não chegavam com boa qualidade sonora para os usuários.
O preço da ligação era por minuto e quando terminava de falar já era passado o valor que tinha gasto. Elas relatam que o pai fazia a conta das ligações de cada pessoa à mão, contendo todas as informações e todo mês entregava para os usuários.
O Centro Telefônico contava com quatro telefonistas, e funcionava até às 22h. Depois desse horário até de manhã seguinte, a família se revezava no atendimento das ligações. E chegou a funcionar até por volta de 1977, quando foi assumida pela Telesp.
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